domingo, 5 de agosto de 2012

Início do tratamento ortodôntico e aparelho Hyrax

   Definida a data (24/07/2012 às 21hs) da 1ª cirurgia (Osteotomia Lefort I - da arcada superior) , corremos contra o tempo para iniciar os processos ortodônticos.
   O tratamento ortodôntico começou no dia 03/07/2012 com a instalação de borrachas entre os molares e pré-molares para afastá-los e permitir a instalação das bandanas do aparelho Hyrax.
   No dia 09/07/2012 realizei a extração de um pré-molar que atrapalharia a instalação do aparelho Hyrax - detalhe: estava com mais medo da extração do que da cirurgia que viria. hehehe... ver o dentista puxando e fuçando na sua boca não é nada agradável, na cirurgia não vemos nada.
   Já no dia 10/07/2012 fui ao consultório para realizar o molde da arcada superior para posterior fabricação do aparelho. Na semana seguinte dia 17/07/2012 instalei o Hyrax.

   Problemas enfrentados nesta etapa:

   A instalação das borrachas para separação dos molares, gera uma pressão nos dentes semelhante a instalação de aparelhos fixos acredito. Dificulta a mastigação - torna a mastigação quase impossível além de doer bastante. Porém, após cerca de dois dias a mastigação volta ao normal e a dor cessa gradativamente.

   Já o aparelho Hyrax causa um desconforto maior. Como é instalado na arcada superior, impede o contato da lingua com o palato - "céu da boca", o que nos tira momentaneamente o paladar, ou seja, não sentimos os sabores das comidas. Outra dificuldade é engolir os alimentos, leva alguns dias para você se habituar.
   A dicção fica bastante prejudicada e o controle da salivação também, mas aos poucos você acaba acostumando-se. Para manter a higiene bucal deve-se ter muita paciência, pois é difícil escovar os dentes da arcada superior e limpar o aparelho. Estou usando uma escova "bitufo" que facilita 'chegar' aos cantinhos e limpar de uma forma mais eficiente. Também usei de uma solução bucal indicada pela Dra. Liseane - ortodontista.

   Pessoal, estou expondo com detalhes os passos que tive que passar e as minha dificuldades, pois acredito que saber o que vem pela frente ajuda bastante na decisão de quem está pensando em realizar as cirurgias. Minha opinião: tudo vale a pena. Você passa por algumas dificuldades, mas nada é maior do que a vontade de mudar. Como eu brinco: foco no objetivo. 

Seguem algumas fotos:

Borrachas para espaçar os molares e pré-molares:


Aparelho Hyrax (dia da instalação):


terça-feira, 31 de julho de 2012

Os profissionais que escolhi...

   Caso alguém tenha interesse em saber quais profissionais estou realizando o tratamento, seguem os contatos:

Ortodontista:

Dra. Liseane Ferreira dos Santos
CRO: 12064
End.: Rua Padre Chagas, Nº 66 Sl. 601 - Moinhos de Vento - Porto Alegre - RS
Contato: 51 3028-4411 

Cirurgião Bucomaxilofacial

Dr. Miguel Angelo R. Scheffer
CRO: 8891
End.: Casemiro de Abreu, N° 362 - Moinhos de Vento - Porto Alegre - RS
Contato: 51 3061-1408

   Os demais profissionais consultados não publicarei os nomes por questão ética, porém caso alguém tenha interesse em consultá-los favor solicitar que enviarei por e-mail.

   Segue meu e-mail: marcio.sevla@gmail.com.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

A decisão em realizar as cirurgias

   Confesso que foi uma tomada de decisão muito difícil. Quando soube de detalhes do processo cirúrgico empregado na cirurgia ortognática, tive a reação que todos tem: medo! Pensar que os ossos de sua face serão serrados não é nada fácil. Porém, a medida que fui lendo a respeito e entendendo a complexidade do processo, sejam através de blogs, vídeos, fotos, artigos de profissionais, depoimentos de pessoas que realizaram a cirurgia, além de contato com um colega de trabalho que passou pelo processo, fui ganhando coragem.
   O meu pior medo não era a cirurgia propriamente, não tinha medo de óbito, haja vista que foram mínimos os casos (segundo um dos cirurgiões consultados, foram apenas 2 casos no Brasil e ocorridos há bastante tempo, quando as técnicas cirúrgicas eram mais agressivas. Hoje o procedimento é bem menos traumático), o meu maior receio era o pós operatório, e a parestesia (perda de sensibilidade e tato do lábio inferior e rosto). Esse sim me deixava assustado.
   A medida que fui lendo a respeito e consultando profissionais, percebi que o risco da parestesia existe, porém é minimizado com as novas técnicas utilizadas na cirurgia e também com a habilidade do profissional que estiver realizando o procedimento cirúrgico.
  
     Na minha opinião, o fundamental para cada um que pretende realizar a cirurgia ortognática, é estar muito ciente dos riscos e efeitos que este tratamento irão ocasionar e estar cercado de profissionais competentes e seguros dos passos a serem tomados.
   Sem contar é claro com a vontade de mudar a aparência, pois quem sofre desta disfunção sempre sofreu/sofre um grande desconforto, principalmente na infância e adolescência, onde os apelidos são cruéis. A medida que o tempo passa e vamos amadurecendo este inconveniente vai diminuindo, porém ainda nos marca ao ver as pessoas observando e algumas vezes imitando suas feições. Essa possibilidade de mudança nos dá uma força enorme, que nenhum pós operatório ou sofrimento é capaz de diminuir a vontade de mudança.
   Como citei anteriormente, o fato de ter um colega que realizou a cirurgia ajudou-me muito, pois procurei os mesmos profissionais e tive muita empatia com ambos (ortodontista e cirurgião).

   Minha primeira consulta com a ortodontista foi em maio/2012 e a mesma explicou-me os passos e indicou-me dois cirurgiões de sua confiança. Na semana seguinte marquei consulta com ambos os cirurgiões. O primeiro era um cirurgião extremamente qualificado academicamente, titular de diversas especializações, mestrado e doutorado, porém, percepção não realizava frequentemente cirurgias desta magnitude. O segundo, pelo contrário, é um cirurgião que efetua diversas cirurgias semanalmente, além de ser o mesmo profissional que realizou a cirurgia do meu colega. Por entender particularmente que a prática e perícia no procedimento cirúrgico são fundamentais para a diminuição dos efeitos da cirurgia optei pelo segundo cirurgião. 

   Decididos os profissionais, começamos os passos de preparação. 

O diagnóstico de prognatismo Classe III

   Tive conhecimento do meu diagnóstico de prognatismo Classe III em meados de 2006 - já com 26 anos, ao procurar profissional da ortodontia a fim de corrigir o alinhamento dentário. Porém, soube que só seria possível a correção após a realização de cirurgia ortognática. Em função da falta de um plano de saúde e certo receio em realizar um procedimento tão invasivo, decidi por não realizar o processo cirúrgico.
   Em 2008, já trabalhando na empresa em que permaneço até hoje, com um bom plano de saúde, procurei profissionais a fim de entender melhor o tratamento. Consultei dois cirurgiões buco maxilofaciais e uma ortodontista. Nesta ocasião estava muito confiante, querendo iniciar o tratamento, apesar da resistência da família. Porém, como precisaria pagar parte do tratamento optei novamente por abortar o planejamento.
   Já no ano de 2012, após um colega de trabalho ter realizado aproximadamente o mesmo procedimento (embora com diagnóstico de mordida aberta), retomei o processo com os profissionais indicados por ele. E, em menos de 3 meses já havia realizado a primeira cirurgia.

   Mais detalhes em seguida.

domingo, 29 de julho de 2012

O porquê deste blog?

   Olá pessoal,

   Tomei a iniciativa de escrever este blog no intuito de ajudá-los expondo minhas experiências e opiniões sobre este importante passo na vida de todos que sofrem com disfunções mandibulares e necessitam passar pelo processo de cirurgia ortognática. 
   Minha decisão em realizar a cirurgia deve-se muito as experiências que tive acesso através de blogs de pessoas que a realizaram, além de consultas com profissionais e troca de informações com colegas realizaram a cirurgia.
   Desta forma, pretendo escrever neste, os passos e as experiências adquiridas para assim poder ajudar quem estiver encorajando-se a realizar este procedimento, apoiar quem já está realizando e certamente receber apoio para me manter firme neste caminho árduo, porém certamente gratificante.

Abraços.